Dólar comercial, dólar turismo e dólar "paralelo": qual a diferença entre eles?!

Olá pessoal! 

As diferentes cotações das moedas estrangeiras, especialmente o dólar, costumam gerar dúvidas para quem viaja ao exterior. No jornal, a cotação de dólar que aparece é uma. Na casa de câmbio, o preço, geralmente, é mais alto. Afinal, qual a diferença entre o dólar comercial, o turismo e o paralelo? 

Primeiramente, é preciso entender como se definem as taxas da moeda. “O valor varia conforme a oferta e a demanda que existe no País. A cotação é dada pela relação de quantas pessoas estão dispostas a vender e de quantos pretendem comprar”, explica. 

É importante também falar sobre como esses preços variam no mercado, pois a taxa cambial no País é flutuante. Quando há maior fluxo de capitais estrangeiros no Brasil, ou seja, mais pessoas trazendo dólar e investindo na economia nacional, a oferta do dólar aumenta e o preço, consequentemente, diminui. “Do contrário, quando há uma crise internacional, por exemplo, empresas e investidores tiram o dinheiro que tem aplicado no Brasil, fazendo com que a oferta diminua e o preço aumente”. 

Na verdade, a distinção entre os tipos de dólares é simples. O dólar comercial é utilizado em operações de importação e exportação, investimentos estrangeiros no Brasil, além de empréstimos internacionais. Quando o governo realiza movimentações financeiras no exterior, o preço se refere ao dólar comercial. “As cotações deste tipo de dólar são registradas e disponibilizadas pelo Sisbacen, o sistema de informações do Banco Central”. 

Com relação ao dólar turismo, este tipo é utilizado para a venda de espécie (papel moeda) e para recarregar os famosos cartões pré-pagos. “Para fazer emissão de passagens aéreas ou quando se compra alguma coisa no cartão de crédito fora do Brasil, por exemplo, as taxas cobradas são do dólar turismo”. 

O dólar paralelo 

No comércio ilegal, há ainda um terceiro tipo de dólar, o paralelo. Este tipo de dólar não oficial, ou seja, circula sem a autorização e supervisão do Banco Central. “Algumas pessoas não habilitadas a trabalhar neste mercado realizam transações ilegítimas, com valores negociados entre as partes envolvidas”. Neste caso, é importante ressaltar que o preço não possui referência alguma no mercado e, por isso, geralmente é mais alto que os demais. 

Além disso, não há nenhum tipo de informação que comprove a origem da moeda. “Comprar este tipo de dólar em quantidades muito grandes, pode ser um problema para o comprador justificar a origem do dinheiro junto aos órgãos brasileiros, como a Receita Federal”. 

Diferença de preços 

O dólar turismo e o dólar comercial possuem variações de preços, mas, invariavelmente, o primeiro sempre custará mais caro que o segundo. Para trazer a moeda do exterior e depois vendê-la, as instituições bancárias e casas de câmbio devem custear todo o processo, desde a importação da moeda até o pagamento para deixá-la em um cofre. “A empresa tem o custo de oportunidade, pois tira dinheiro do caixa para comprar moeda estrangeira, que fica parada sem rentabilidade até que alguém a compre”. 

O principal fator desse cenário é o número de intermediários que existe entre as operações. Para se comprar o dólar turismo, é necessário colocar mais pessoas no meio do processo, contando que cada parte fica com uma margem de ganho. “O dólar comercial, enquanto isso, é movimentado com a participação de menos intermediários. É normal que a cotação seja menor”. 

 Fonte: Folha de São Paulo 
Equipe Cypress Intercâmbio Cultural


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