Mudanças no perfil do estudante - Parte 2

Olá pessoal!

Confira a segunda parte da tradução da reportagem da Study Travel Magazine sobre a mudança no perfil típico do aluno de intercâmbio!

“O setor também viu uma maior procura por escolas de línguas em outros lugares, o que refletiu numa maior demanda por programas preparatórios para exames. De acordo com Edwards, a procura pelo preparatório para IELTS tem aumentado. Semelhantemente, no Reino Unido, Blake adiciona: ‘com mais pessoas indo estudar numa universidade britânica, nós notamos um crescimento na demanda por cursos de inglês acadêmico e preparatórios para universidades’.

Enquanto isso, na Austrália, Simon Craft, Diretor do Inforum Education Australia, comenta que tanto os programas para IELTS quanto o EAP – English for Academic Purposes (Inglês com finalidade acadêmica) são cada vez mais populares. De acordo com Craft, ‘uma das maiores mudanças, especialmente na última década, foi no número de estudantes buscando usar o estudo como um atalho para imigração, ou, pelo menos, para outros cursos no país’. ‘Quanto eu comecei a trabalhar em Queensland, o conceito de ‘programa atalho’, indo de um ELICOS para escolas de formação profissional e/ou universidades, era desconhecido no setor, pelo menos na Austrália. Contudo, com o passar do tempo, estes programas agora se tornaram componentes importantes para faculdades que querem atrair potenciais alunos’.

Entrementes, os consultores de intercâmbio sustentam a visão de que os estudantes estão buscando aprendizagem direcionada. O consultor paquistanês, Abdul Wahid Abbasi, da APSC – Academy of Professional Studies & Counseling, destaca que ‘as mudanças são no sentido da preferência por idioma para negócios e acadêmico a idioma genérico’. Ao mesmo tempo, Victoria Jaramillo na EduTravel de Bogotá, Colômbia, comenta que a demanda por profissionais bilíngues em uma gama de profissões está estimulando a procura por cursos naquele país. Edina Crunfli, da Intercultural Cursos no Exterior no Brasil concorda que ‘a necessidade do domínio de outro idioma hoje em dia está cada vez mais pautada por necessidades profissionais’.

Entre os consultores de intercâmbio, há também a percepção de que os clientes estão muito mais interessados em combinar os estudos de idioma com trabalho remunerado. ‘Ainda que exista um mercado para inglês genérico e colegial para alunos que não precisam trabalhar, a maioria dos alunos pergunta sobre esta possibilidade’, comenta Jaramillo. ‘No nosso caso, eu diria que 70 por cento dos alunos pedem por programas que incluam uma possibilidade de emprego’.

Enquanto o mercado de adultos está ficando mais especializado, o mercado de adolescentes, caracterizado principalmente por cursos de férias de verão, tem registrado uma diminuição na média da idade dos alunos, ao passo que os pais têm matriculado seus filhos cada vez mais jovens. De acordo com Ana Fernandez, da escola de alemão IP International Projects, a instituição dela tem recebido um número crescente de aplicações de crianças de até seis anos de idade.

Outro aspecto importante da nova demanda diz respeito ao estudo, e, na Europa, iniciativas como os programas Erasmus e Leonardo da Vinci têm contribuído para a circulação de estudantes e para o crescimento do conhecimento de línguas, como aponta Parilla. Claramente, os altos e baixos financeiros dos países emissores têm seu impacto. Não à toa, o crescimento econômico no Brasil, Rússia e Ucrânia tem causado, destaca Epbinder, um aumento de matrículas de alunos oriundos destes países. O aparecimento de novos mercados no Oriente Médio também tem criado oportunidades para os recrutadores.

Emissões de visto também são parte deste retrato, e podem ter impacto substancial na capacidade de recrutamento de uma escola em certos mercados. Como exemplo, ‘cumprir com as exigências do visto irlandês tem sido muito mais desafiador do que no Reino Unido, o que resulta na maior concentração de certas nacionalidades em determinadas épocas’, comenta Kitaya. Entretanto, estas tendências são características de alguns mercados, e não são tão direcionadas pelas preferências dos estudantes quanto pelas políticas governamentais.” (continua)

(Parte 1)
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