“A edição de junho da revista Student Travel Magazine publicou um artigo sobre como o perfil do ‘típico’ aluno de intercâmbio mudou na última década, após consultar profissionais do setor em diversos países, incluindo nossa diretora Paula Johnson. Confira a tradução da reportagem nesta série de três posts, e saiba mais sobre o mercado de intercâmbio cultural!
Study Travel Magazine – junho de 2011 - À medida que as aspirações dos estudantes estão mais direcionadas, a oferta de cursos tem se tornado mais especializada para atender a demanda. Jane Vernon Smith apurou como o perfil do ‘típico’ estudante de idiomas se alterou nos últimos anos.
A década passada presenciou muitas mudanças em nosso setor, e não foram poucas as causadas por o que os estudantes buscam na sua experiência de intercâmbio. ‘Dez anos atrás,’ observa Jeff Romonko, diretor de Estudos na International House (IH) em Vancouver, Canadá, ‘a maioria dos nossos alunos cursavam General English ou preparatório para testes, e ficavam na escola por seis meses, em média. Agora,’ continua ‘eles vêm com objetivos muito mais específicos. Como exemplo, vemos matrículas mais complexas, como General English mais Tesol, Inglês para Hotelaria com um estágio, ou um University Foundation Programme com aceitação conjunta de uma instituição parceira.’
Os educadores também perceberam que as metas de seus clientes estão mais focadas, mas que, ao mesmo tempo, eles também estão cada vez menos dispostos a ficar longos períodos adquirindo as habilidades que precisam. De acordo com Timothy Blake, Diretor da London School of English, no Reino Unido, ‘As pessoas tendem a ser mais focadas em resultados do que antes, e muitos vêm para períodos mais curtos. Portanto, os cursos devem ser mais práticos do que nunca,’ comenta. ‘Estão em busca de valor, então precisam sentir que cada minuto faz valer o investimento. Do mesmo modo, como em diversos aspectos na vida, as expectativas e exigências estão mais elevadas.’
Como resultado, vemos o foco se voltar a estudos que são tanto mais práticos, quando mais direcionados aos seus objetivos profissionais. ‘Há um movimento em direção a uma experiência linguística real, no lugar de apenas estudar o idioma,’ diz Kim Edwards, Diretora da australiana SEA Academy. ‘Os alunos querem um aprendizado voltado às suas metas de carreira, e querer extrair o máximo de sua experiência de estudo no exterior.’
‘Acho que, mais do que nunca, as pessoas precisam do Inglês para se firmar num emprego/conseguir um emprego/promoção, então ele é vital para suas carreiras,’ comenta Jonathan Quinn, Diretor de Marketing do Centro de Estudos de Inglês (CES) em Dublin, Irlanda. Como reflexo, outra irlandesa, a Atlantic Language Galway, tem observado um crescimento da popularidade dos cursos preparatórios para Business Ielts e a porta-voz Masa Kitaya ressalta ainda que ‘agora oferecemos cursos integrais preparatórios para Ielts e Business English (incluindo o exame Bulats) para atender as necessidades [dos estudantes].’
Não só as escolas de inglês testemunharam um distanciamento dos cursos genéricos. Na Espanha, Frederic Parilla, da Clic IH, ressalta que ‘as pessoas tentam aprender os aspectos mais práticos da língua e há maior interesse em negócios, medicina, etc, do que em literatura. Resumindo, o aprendizado de um idioma está perdendo um pouco do seu romantismo,’ completa.
Uma tendência similar é observada na Alemanha, de acordo com Rainer Epbinder da rede de escolhas Goethe Institut, que diz que ‘os participantes precisam aprender alemão, pois querem estudar em uma Universidade local, ou porque precisam do idioma em suas profissões em seus países’. Ele destaca ainda ‘um notável crescimento’ no número de pessoas, já residentes na Alemanha, que precisam aprimorar a linguagem para seus empregos no país. ‘Por esta razão criamos novos cursos, [como] o Alemão para Profissionais da Saúde, Profissionais do Direito e Alemão de Negócios.’”
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